Uma das deusas de Wislawa

गायत्री — Fer;
1 min readApr 18, 2021

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sobre a intimidade. testando uma 50mm, acervo pessoal.

E onde poderia habitar se neste corpo já não me caibo? Como uma rocha desgastada pelo vento, mil marcas avançam no tempo

Outras vezes como dunas de areias movendo-se, deixando de existir a cada dia. Em cada amanhecer, habitando um novo espaço

Seria soturna por brigar com os deuses celestiais que consagram a minha história nesta existência?

O que é isso que penso que sou?

Agarro-me aos símbolos que se apresentam corriqueiramente e tento interpretá-los pelas cartas que até as minhas mãos chegaram batizadas e autorizadas

Às vezes vejo um jogo sem deus e outras vezes encontro respostas no diabo que habita nossos corpos demasiadamente humanos que nada sabe sobre a divindade

Bhakti, para afastar a carne sedenta de sede, porém prefiro olhar nos olhos do diabo e reconhecer-me nele

Quem como da minha carne e bebe do meu sangue, permanecerá em mim e eu nele

Um anjo que cai e outro que voa. Corpo e sangue do mesmo

Toda pedra lançada tem histórias e carregam em si as marcas do tempo.

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गायत्री — Fer;

Maldito seja aquele que se julga livre para redefinir segundo seus próprios termos a maneira com o que o ‘outro’ habita este mundo. Isabelle Stengers.